Jacinto Correia Araújo Soares nasceu em Ermesinde em 12 de Maio de 1945, descendendo de uma das famílias mais antigas de agricultores do antigo lugar de Sá. Depois da sua passagem até à quarta classe pela Escola do Carvalhal, estudou durante vários anos no Colégio da Formiga.
Já com o Curso do Magistério Primário de Braga tirado e com frequência universitária, ingressa na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, no Curso de Oficiais Milicianos, em Outubro de 1967. A sua vida militar passou-a, como oficial instrutor, no extinto GACA3, em Espinho.
Licenciou-se em História e Ciências Pedagógicas, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. O seu Estágio Pedagógico foi feito na Escola Secundária Oliveira Martins, desta mesma cidade, no ano lectivo 1973/74, tendo ficado habilitado para a docência das disciplinas de História e Português. No ano seguinte é colocado, depois de uma curta passagem pela Escola Técnica de Santo Tirso, como professor efectivo, na Escola Secundária de Ermesinde, onde se manteve até à aposentação. Neste estabelecimento de ensino desempenhou vários cargos, quer eminentemente pedagógicos, como orientador de estágio e delegado de grupo dessas duas disciplinas (vários anos), quer outras funções escolares mais administrativas como «Coadjuvador do Encarregado de Direcção» (1975/76), Presidente do Conselho Directivo (1984/85) e finalmente Presidente da Assembleia de Escola entre 1999 e 2001.
Além de professor, Jacinto Soares exerceu alguns cargos de relevância comunitária e política. Da sua actividade social, conta-se a passagem pela direcção e corpos sociais de várias associações da nossa cidade, como o Ermesinde Sport Club, Grupo Desportivo da Palmilheira, CPN (Clube de Propaganda da Natação) e pelos Bombeiros Voluntários de Ermesinde. Foi ainda dirigente sindical e esteve ligado à Voz de Ermesinde, órgão do Centro Social, onde desempenhou primeiro as funções de redactor e, mais tarde, as de director. Foi neste período, entre 1989 e 1997 que, graças à sua acção, este prestigiado jornal se dinamizou e cresceu tendo deixado a periodicidade mensal que se mantinha desde a sua criação e passando a publicar-se quinzenalmente.
Em 1983, foi convidado pelo Presidente da Câmara Municipal de Valongo para as funções de Coordenador dos Serviços de Cultura, uma espécie de assessoria da altura que, para além de superintender em todas as actividades culturais, tinha a seu cargo a toponímia concelhia e a publicação do Boletim Municipal. Em 1985 é eleito, nas listas do Partido Socialista para a Câmara de Valongo, acumulando, nesse quadriénio, o cargo de Vereador da Cultura com o de Vice-Presidente. No mandato 1997/2001 integrou novamente as listas para a Câmara de Valongo ficando, desta vez, na oposição e, portanto, sem a responsabilidade de qualquer pelouro.
Habilitado com um Certificado de Aptidão Profissional (CAP), emitido pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional do Porto e mais tarde com certificação da Universidade do Minho, dirigiu, respectivamente, algumas acções de formação, no âmbito da História Local, em cursos destinados a desempregados e posteriormente para professores do Ensino não Superior.
Em termos literários, Jacinto Soares foi responsável por várias publicações de carácter monográfico e autor de diversos artigos em jornais e revistas sobre História Local, Património, Ambiente e Educação. A sua participação estende-se também a colóquios, conferências e visitas guiadas, onde estes temas estão presentes e são objecto de abordagem.