História

S. Lourenço d’Asmes, assim se chamou Ermesinde até 1911. Se relativamente ao nome do padroeiro, de origem hispânica, nada há a acrescentar, o mesmo não se pode dizer do topónimo Asmes que, em alguns documentos antigos aparece também com a forma de Açomes e até de Azenes. A teoria com mais defensores sobre a origem deste termo é que ela deriva da corruptela da palavra açude.

Neste contexto não nos podemos esquecer que muitas eram as represas deste tipo existentes no rio Leça, embora a sua maioria tenha sido destruída ao longo dos tempos pelas intempéries e pelo próprio homem.

Ainda no domínio da interpretação linguística, também, podemos acrescentar que a palavra Ermesinde – pouco vulgar no panorama de designativos de terras, em Portugal – é de origem germânica e significa “caminho íngreme”.

Antes de ser o nome da freguesia designava o lugar mais central e um dos mais antigos da povoação, onde, aliás se viria a situar, na segunda metade do século XIX, a estação dos caminhos-de-ferro e que, por consequência disso, recebera igualmente esse nome.

Há quem associe Ermesinde a figuras e personalidades medievais, nomeadamente com uma abadessa de Rio Tinto, mas este assunto deveria ser melhor estudado para não se tirarem conclusões precipitadas.

S. Lourenço d’Asmes pertenceu sempre ao Concelho da Maia, mas em 1936, aquando da formação do Concelho de Valongo passou a integrar (ao que sabemos contra a vontade da população…), conjuntamente com Alfena esta nova circunscrição administrativa.

Ermesinde foi durante muito séculos terra de prósperos e ricos agricultores, situação que se deve ao ubérrimo solam desta freguesia. O facto de se integrar em duas bacia hidrográficas (Leça e Rio Tinto) com muitas linhas de água, beneficiou sobretudo a cultura do milho e do linho.

Por esta razão muitas são as casas agrícolas, moinhos e outras grandiosas estruturas de apoio que, a partir da segunda metade do século XVIII se desenvolvem neta terra. Eram, segundo alguns especialistas neste tipo de arte, das maiores e mais imponentes casas agrícolas da s «Terras da Maia».

Outra fase de grande desenvolvimento e prosperidade da nossa terra, (antes da invasão anárquica do cimento) aconteceu nos anos trinta.Ermesinde, pelas suas belezas naturais, que figuram nalguns postais ilustrados da época, foi considerada a «Sintra do Norte», local que atraiu grande número de burgueses da cidade invicta, que aqui construíram as suas vilas.

 

 

Bibliografia sobre Ermesinde